sábado, 15 de outubro de 2011

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- Mãe, pai... Precisamos conversar!

Os pais se entreolharam. Aquela frase... Bem, não é uma frase que se diz numa quarta-feira de manhã.

- O que é, querida?

- Bom, não é nada importante...

- O seu importante é sempre bem diferente do meu, filha.

-Pai! Relaxa... É só que... Bem... Eu fiz uma coisa... – ela encarou os pais, mordendo o lábio inferior. – Meu deus! Treinei como contar isso a vocês mil vezes na frente do espelho e não me sinto preparada! – riu nervosa – Enfim. Eu fiz uma coisa, ah, fala sério! Vocês vão odiar! Mas antes de eu falar o que é, eu vou explicar algumas coisas... Tipo, não significou nada pra mim! Mesmo. É só... Sei lá. Eu já tenho catorze anos, né? Hello! Sou quase uma mulher, já tenho maturidade pra isso. E Sei lá, o cara foi muito gentil, só foi lá e pow! Então... Eu nem senti nada! Não se preocupem! Juro, juro, juro. Não doeu. As gurias todas dizem que dói, que é uma porcaria, mas é mentira! Não doí nada, garanto. E, né, como eu sou uma quase mulher, achei que eu merecia fazer isso...

Os pais, prestes a ter um ataque cardíaco, perguntam:

- Minha filha, pelo amor de Deus, o que aconteceu?

- Bem... eu fiz o segundo furo na orelha, olha. Ei! Por que estão rindo? Eeeeeiii!

2 comentários:

Pedro Henrique Krüger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Luisa Fonseca disse...

achei que fosse história real :x HSAUSHUAUSHAUHSUAHUSAHUSHAUHSUAHUSAHUSAUSH enganou até o joão pedro. muito bom, jornalista MINHA! HSAUSHAUHAS